Usemos como exemplos o período da idade média, as datas que marcam o início e o fim desta são subjetivas e resultam de escolhas historiográficas e abordagens pedagógicas, não de uma verdade absoluta prévia a nossa análise, mas como resultado dela.
Sabemos como estudar a historiografia do período, bem como o quanto é importante entender como a História foi produzida na sua própria época.
O conhecimento é dinâmico, se compões de constantes mudanças, sempre se construindo e reconstruindo através de elementos novos ou revisitados por meio de novas fontes, metodologias ou perspectivas.
Assim, ideias como a Idade Média como um período de trevas e barbárie, em vez de ser vistas como a verdade absoluta, ou única possível, devem dar espaço para a busca do entendimento do período, isso com base em seus próprios conceitos estruturais e não com demasiado apego aquilo que passou a se convencionar como comum pela percepção popular através do tempo.
Assim, quando dizemos que “A construção da História é uma invenção”, não significa que os eventos não de fato aconteceram, mas sim que a forma como são contados foi inventada por nós.
” A construção da História é uma invenção. ” – Rodrigo Rainha